O Coração de Jesus e de Maria ao Mundo

O Coração de Jesus e de Maria ao Mundo

terça-feira, 11 de março de 2014

VIRGINDADE DE AMOR

 
Já se disse que o exercício do ato de amor não se pode concretizar se a alma não conseguir um rigoroso silencio  de pensamentos e de palavras. Acrescenta-se porém, que o ato incessante de amor é, por sua vez, uma valiosíssima ajuda (indispensável para a maior parte das almas) para se manter quer na virgindade de mente, servindo para não a deixar divagar; quer na virgindade de coração, não o deixando pousar em nenhuma coisa terrena; quer, ainda, na virgindade de língua, mantendo a alma num contínuo e virtuoso silêncio. Também aqui os ensinamentos divinos à Irmã Consolata são muito claros.
    No que se refere à virgindade de mente e de língua, dizia-lhe (16 de Setembro de 1936): "É necessário que tenhas um tal domínio dos sobre os teus pensamentos e sobre as tuas palavras que o demónio nunca possa nada contra ti e este domínio te favoreça o ato do amor."
    E em relação à virgindade de coração (1 de Dezembro de 1935): "Só a continuidade do ato de amor garante a virgindade do teu coração."
    Contudo, não só Jesus pedia à Irmã Consolata a continuidade do ato de amor, como também a virgindade do ato de amor: por isso, não só não perder nenhum ato de amor (com o coração), mas também  nunca distrair a mente. É a verdadeira e perfeita virgindade de amor.
    Já em 17 de Outubro de 1935, ao avisar contra as armadilhas do inimigo em relação à continuidade do ato de amor, dizia-lhe: "Olha, o que o inimigo quer é impedir-te o ato de amor contínuo. É esta a razão de toda esta luta obsessiva de pensamentos. Basta-lhe qualquer pensamento- mesmo bom, desde que não me ames."
    Depois, passando a explicar mais claramente em que consiste a virgindade de amor, dizia-lhe (6 de Dezembro de 1935): "Sabes em que consiste a pureza do teu ato de amor? Em não admitires nele nenhum pensamento porque, ao mesmo tempo podes amar com o coração e com a mente pensar noutra coisa.
    Não, a pureza do ato amor, exclui todos os pensamentos, exige a virgindade da mente, percebeste? Por isso, quero que dês o ato de amor.
   Não temas, ajudo-te a que mo dês em toda a pureza, e por isso, não admitindo nada de ti, dá-me tudo, amando-me!"
    Além disso, explicava-lhe que os pensamentos estranhos ao amor podem ofuscar a pureza do ato de  amor (6 de Dezembro de 1935):
    "Olha, até nos pensamentos bons que se infiltram em ti há algumas coisa de amor-próprio e de complacência, deturpando o ato de amor.
    Mas, se tu confiares cegamente que eu penso e pensarei em tudo, nunca deixarás entrar nenhum e  o teu ato de amor terá uma pureza virginal."

Retirado do livro: O Coração  de Jesus ao Mundo - Pe  Lorenzo Sales - pgs 144-145

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