O Coração de Jesus e de Maria ao Mundo

O Coração de Jesus e de Maria ao Mundo

quarta-feira, 12 de março de 2014

AMAR JESUS ATÉ À LOUCURA

Assim lhe dizia Jesus (10 de Novembro de 1936):

  "Consolata, nunca devemos pensar unicamente em evitar defeitos, mas o nosso esforço deve tender para amar Jesus até à loucura. Quero ser amado por ti até à loucura."

   Amar Jesus até à loucura! Mas poderá uma alma chegar a tanto? Pode, com a graça de Deus, tendo sido exactamente isso que Jesus prometeu à Irmã Consolata (11 de Novembro de 1935):

  "Confia, Consolata, Eu sou o Omnipotente e amo-te até à loucura; também tu me amarás até à loucura. Eu to prometo!"

    E qual será o meio para chegar a um amor tão intenso? O ato incessante de amor. Um dia (22 de Julho de 1936), Jesus fazia a Irmão Consolata ouvir o seu convite insistente:

   "Ama-me, Consolata; ama-me muito!"

   E, tendo ela perguntado o que fazer para amar tanto, respondia: "Com o ato de amor incessante!"
Alguns dias depois (2 de Agosto), repetia: "Com um ato incessante de amor amar-me-ás até à loucura!"

   O segredo consiste em imprimir neste ato contínuo de amor a intensidade máxima De fato, a Santíssima Virgem instruía a Irmã Consolata, como se pode ver no seu diário (14 de Julho de 1936):

   "...No recreio tinha-se dito que quem faz mais sacrifícios mais ama Deus. À noite na meditação, ao pensar nestas palavras, eu estava um pouco triste, porque não faço sacrifícios grandes por Jesus e, no entanto, o meu desejo de amá-lo até à loucura é tão intenso! Portanto, não serei eu uma pobre iludida?... levantei o olhar; na minha frente estava a estátua da Virgem Santa e, enquanto olhava para ela, penetrou em mim um pensamento reconfortante: o que é que a Senhora tinha feito de grande durante os seus anos mortais, em Nazaré? apesar disso nunca haverá uma criatura que a ultrapasse no amor a Deus. E, enquanto pensava nela, prometendo-lhe imitá-la, ouvi:

    "Amar muito a Jesus consiste em dares  ao teu incessante ato de amor toda a intensidade possível de amor!"

   E pode-se concluir que a irmã Consolata amava o mais intensamente possível , através do incessante ato de amor, pelo fato de o próprio Deus ter de intervir para travar os seus ímpetos amorosos. De Fato , o Pai  Divino dizia-lhe (29 de Novembro de 1935):

    "Mesmo no teu ato de amor, calma! Porque, se não procederes com calma, se fizeres violência ao coração com os ímpetos, ele, exausto, já não poderá continuar  o seu canto  de amor.
    Não julgues que seja menos ardente  por ser mais calmo; assim, assegura-se a continuidade, percebeste? De per si, o amor é fogo; por isso, deixa que consuma tranquilamente a minha pequena hóstia.
    Ama a paz, deixa que o amor consuma suavemente , não com ímpeto, com veemência, que te prostra e te impede de me alegrar com o teu canto."

    A propósito, era Jesus quem a exortava noutra vez: "Olha, Consolata, se continuares a amar-me com calma, poderás dar-me este ato incessante; mas se, pelo contrário, quiseres forçar o teu coração a amar-me impetuosamente, serás obrigada a parar, por já não teres forças para progredir."

Retirado do livro: O Coração  de Jesus ao Mundo - Pe  Lorenzo Sales - pgs 149-151