O Coração de Jesus e de Maria ao Mundo

O Coração de Jesus e de Maria ao Mundo

domingo, 21 de agosto de 2016

                                                

                                                    AMAR O AMOR

                                            (segunda parte)

     ...  Pede-o a estas almas para que, através delas, alastre por todo o mundo (13 de Outubro de 1935): "Consolata, ama-me por todas e cada uma das minhas criaturas, por todas e cada coração que existe. Tenho tanta sede de amor!"
          Exatamente aquela sede de amor que cada coração humano deveria ter ao Criador sente-a pelo amor à criatura (9 de Novembro de 1935): "Ama-me Consolata! Tenho sede do teu amor, como quem morre sequioso tem sede e deseja uma fonte de água fresca."
         E esta sede de amor é tal e tanta que Ela chega a dizer à Irmã Consolata (3 de Novembro de 1935): "Consolata, escreve - porque to imponho por obediência - que, por um ato de amor, Eu criaria o Paraíso!"
         Segundo o que a Escritura, os Padres e a Teologia ensinam, cada alma em estado de graça é um templo, o trono e o céu de Deus. Então que dizer da alma que não só vive no amor, mas também vive de amor? Jesus dizia a Santa Margarida Alacoque: "Minha filha, gosto tanto dos desejos do teu coração que, se Eu não tivesse instituído o meu divino Sacramento de amor, instituí-lo-ia por teu amor, para ter o prazer de estar na tua alma e poder repousar de amor no teu coração". Eis o que Ele diz à Irmã Consolata (29 de Outubro de 1935): "És o meu pequeno paraíso; uma comunhão tua recompensa-me de tudo o que sofri para te procurar, para ter-te e para te possuir. Mas, Jesus, eu não sei dizer-te nada! - Não importa; mas o teu amor é meu, exclusivamente meu; e o que quero Eu das minhas pobres criaturas senão o seu Coração? Do resto, nada me interessa, pois quando um coração é meu, exclusivamente meu, então este coração torna-se para mim um Paraíso! E o teu coração é meu, é já eternamente meu!"
        Agora compreendem-se bem as insistências divinas, para que a Irmã Consolata se unisse ao amor incessante, à oração incessante pela chegada do reino de amor no mundo. Assim, a 16 de Dezembro de 1935:
       "Consolata, pede perdão para a pobre humanidade culpada; pede que sobre ela triunfe a minha Misericórdia; mas, sobretudo, pede, oh!, pede que seja incendiada pelo amor divino que, como novo Pentecostes, redima a humanidade de tanta sujidade.
       Oh! Só o maor divino pode fazer que apóstatas se tornem apóstolos; lírios enlameados,lírios imaculados; pecadores repetentes e cheios de vícios, trofeus de misericórdia!
       Pede-me o amor, o triunfo do meu amor para ti e para cada alma na terra que agora existe e que existirá até ao fim dos séculos.
      Com a oração incessante, prepara o triunfo do meu coração, do meu amor sobre toda a terra!" 
      Noutra ocasião, insistindo no mesmo conceito, Jesus usava as palavras de Santa Teresinha: "O Jesus, porque não consigo dizer a todas as almas pequeninas como a tua condescendência é inefável?" e acrescentava (27 de Novembro de 1935): "Consolata, conta ás almas pequeninas, a todos, a minha condescendência inefável; diz ao mundo quanto Eu sou bom e materno e que em troca só peço amor. Podes contar isso, Consolata, fala da minha extrema misericórdia e extrema condescendência materna."
      O amor: eis o fogo que Jesus veio trazer à terra e quer que arda em cada coração (15 de Dezembro de 1935): "Oh! Se Eu pudesse descer a cada coração e derramar em vós em torrentes as ternuras do meu coração!... Consolata, ama-me por todos e, com a oração e a tua imolação, prepara no mundo o advento do meu amor!"
     Jesus quer salvar o mundo, mas o mundo também deve voltar para Jesus. Com Ele a paz na tranquilidade da ordem, sem Ele a anarquia e a ruina.
     E para voltar a Jesus? Um único caminho, tanto para as almas como para as nações: "Diliges!" O amor. É toda a lei, todo o Cristianismo. No cumprimento deste único preceito, que abrange Deus e o próximo, está a salvação: "Faz isso e viveras" (Lc 10, 28). Nestes últimos séculos, por um lado, o protestantismo e, por outro, o jansenismo, foram extinguindo pouco a pouco este fogo no coração do Cristianismo, e mataram-no, pelo menos em muitas almas. A máscara de um Cristianismo reduzido unicamente á fé e ao temor, gelaram os corações, afastou-os de Deus, conduzindo-os progressivamente ao indiferentismo, ao ceptismo, ao ateísmo e ao paganismo.
      Portanto, para voltar a Jesus é necessário voltar ao Evangelho, àquele que Jesus depositou no seio da Igreja catolica e que ela tem constantemente defendido e ensinado: o Evangelho do amor e da caridade.
     Crer no Evangelho é crer no Amor; particar o Evangelho é amar.
 Amar o Amor - do Pe Lorenzo sales - O Coraçao de Jesus ao Mundo


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